O Papa Leão XIV vai presidir, no próximo domingo, 14 de setembro, a uma celebração ecuménica organizada pela "Comissão dos Novos Mártires - Testemunhas da Fé". A celebração vai reunir delegados de diversas igrejas cristãs na Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros, durante a festa da Exaltação da Santa Cruz.
Nesta celebração ecuménica, a única que vai ser realizada em Roma durante o ano do Jubileu, a “Comissão dos Novos Mártires - Testemunhas da Fé”, instituída pelo Papa Francisco em 2023, vai destacar o "ecumenismo do sangue", um conceito divulgado por São João Paulo II durante o Jubileu do ano 2000, que documentou os mártires do século XX e no qual se destacou o martírio enquanto fator de unidade entre os cristãos.
As histórias estudadas pela Comissão vieram de todas as latitudes, assinaladas por diversas Igrejas e denominações cristãs, dioceses, Conferências Episcopais, institutos religiosos e outras entidades eclesiais. São testemunhos de perseguição religiosa, violência por parte de organizações criminosas, pela exploração de recursos naturais, por via de ataques terroristas, de conflitos étnicos e por outras causas pelas quais os cristãos, ainda hoje, são mortos.
Vinte e quatro delegados de igrejas cristãs e grandes comunhões estarão presentes na Liturgia da Palavra. O tema central será o Evangelho das Bem-Aventuranças, e a celebração também incluirá leituras do Capítulo 3 do Livro da Sabedoria, o Salmo 120, e uma passagem da Carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo.
As regiões com maior número de mártires são África (643), seguida pela Ásia e Oceania (357), Oriente Médio e Magrebe (277), Américas (304), Europa (43) e aqueles que morreram em missões pelo mundo (110).