Na homilia, o Patriarca de Lisboa afirmou que, perante a tragédia, a fé em Deus é a principal fonte de esperança e consolo, oferecendo a certeza de que as vítimas foram elevadas à "Glória da eternidade". Na presença de altas figuras políticas, como o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, entre outros responsáveis políticos, das Forças de Segurança e representantes da sociedade civil, além de centenas de fiéis, D. Rui garantiu que não cessará de “orar por aqueles que partiram de forma tão repentina, pelos que sofrem nos hospitais, pelas famílias que choram, e por todos os que, no meio desta provação, procuram sentido e força para continuar”.
“Ontem a máquina traiu-nos”, refletiu D. Rui, lembrando a fragilidade da vida e a imprevisibilidade dos acontecimentos. O Patriarca sublinhou que, mesmo sem respostas para o "porquê" da tragédia, a confiança em Deus é o que sustenta a esperança. “A tragédia que vivemos lembra-nos a preciosidade da vida, que é sempre dom de Deus. Lembra-nos também a urgência de vivermos cada dia com sentido, em gratidão e em solidariedade.”
D. Rui Valério homenageou ainda “todos os homens e mulheres da Proteção Civil, bombeiros, médicos e todos os profissionais de saúde, autoridades e voluntários que, com generosidade, se colocam ao serviço para ajudar os que sofrem.”
“Não temas, Cidade de Lisboa, de continuar a ser lugar de fraternidade”, concluiu D. Rui Valério, apelando à esperança.
O acidente com o Elevador da Glória, que descarrilou na passada quarta-feira, resultou em 16 mortos e cerca de 20 feridos de diversas nacionalidades. O Papa Leão XIV enviou uma mensagem de condolências às famílias afetadas, e o Governo português decretou um dia de luto nacional.