A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações congratulou-se esta terça-feira, em Fátima, com a forma humana como foram tratados os migrantes que desembarcaram no passada sexta-feira no Algarve. Recordando que a resposta das autoridades e da Igreja deve ser sempre “em primeiro lugar a de acolher e olhar para cada pessoa e proceder depois à avaliação da situação”, Eugénia Quaresma manifestou a sua satisfação pelo modo como esse processo se desenrolou nestes últimos dias, salientando que o lugar onde estes migrantes foram alojados foi “uma resposta de urgência”. Nesse sentido Eugénia Quaresma considera que é preciso “urgência nas respostas a dar e por isso deve haver uma rede de apoio para essas situações”, e acrescenta que “em qualquer situação pode haver humanidade”.
Para esta responsável do organismo da Conferência Episcopal Portuguesa que acompanha as migrações, a missão da Igreja neste processo “é de anunciar Jesus Cristo, colaborar na construção da justiça e da paz”, acreditando que “é possível construir um caminho que sirva a todos”.
Eugénia Quaresma refere a urgência de “envolver a sociedade civil neste diálogo e na capacidade de crescer juntos”, pelo que refere que a Lei dos Estrangeiros, rejeitada pelo Tribunal Constitucional, “exige que todas as forças políticas se sentem à mesa e conversem”, com vista a ter uma lei “humanista e exequível”, aponta a responsável. “A lei tem de estar alinhada com outras leis de outros países”, observa.
Nestes dias 12 e 13 de Agosto milhares de peregrinos migrantes participam na Peregrinação que se insere na Semana Nacional das Migrações, promovida pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, da Conferência Episcopal Portuguesa, sob o tema ‘\Migrantes, missionários da Esperança, presidida por D. Joan-Enric Vives, Bispo Emérito de Urgell.