O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, manifestou esta terça-feira, em Fátima, a sua preocupação para com o tráfico de pessoas nas migrações. Tendo como ponto de partida o desembarque ilegal dos migrantes provenientes de Marrocos na passada semana, o também bispo de Santarém referiu a preocupação para com a imigração ilegal e a "exploração de situações de fragilidade das pessoas para as trazer sem ser pelas vias legais”, lembrando que há trabalho feito como o do Pacto Global das Migrações, promovido em 2018 pelas Nações Unidas e mais recentemente, em 2022, o acordo do governo português com Marrocos, relativo ao emprego e à estada de trabalhadores marroquinos.
Em declarações aos jornalistas, em conferência de imprensa, no arranque da Peregrinação do Migrante e Refugiado ao Santuário de Fátima, D. José Traquina considerou que “Portugal não está preparado, estruturalmente, para responder a situações limite, mas do ponto de vista da capacidade humana dos portugueses pode ser exemplar na capacidade de acolhimento”. O bispo salientou ainda que “os portugueses acolhem bem”, “há respeito e entendimento” e “há experiências nas escolas e nas paróquias onde há boa relação”, conclui.
A Peregrinação do Migrante e Refugiado ao Santuário de Fátima é promovida pela Obra Católica Portuguesa das Migrações e decorre este dia 12 e 13 de agosto em Fátima, presidida por D. Joan-Enric Vives, Bispo Emérito de Urgell, Andorra.