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E agora, o que acontece após a morte do Papa?
D. Manuel Clemente, D. António Marto, D. Tolentino Mendonça e D. Américo Aguiar, são os quatro cardeais portugueses criados pelo Papa Francisco que vão participar no Conclave
Por João Naia
Publicado em 21/04/2025 14:28 • Atualizado 21/04/2025 14:30
Vaticano
Capela Sistina, palco do conclave que vai eleger o sucessor de Francisco (Foto Vatican Media)

A Igreja Católica fica em estado de “sede vacante” quando não há um Papa para a liderar. Durante esse período, mais de mil milhões de católicos aguardam a eleição do novo líder da Igreja Católica, que marca o fim de uma série de rituais rigorosamente regulamentados.

O conclave, envolvido em grande secretismo, é responsável pela eleição do próximo líder dos católicos. 

Entram em Conclave para eleger o Papa apenas os cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade no primeiro dia da Sé vacante.

O número máximo de cardeais eleitores é de 120, fixado por Paulo VI, embora tenha sido derrogado, na prática, pelos seus sucessores.

O Colégio Cardinalício tem hoje 252 membros (135 eleitores, 117 cardeais com mais de 80 anos).

No Conclave vão estar presentes  quatro cardeais portugueses: D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco.

108 dos cardeais eleitores foram escolhidos pelo Papa Francisco, 22 por Bento XVI e 5 por São João Paulo II.

Ao longo do seu pontificado, Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais, entre eles os quatro eleitores portugueses.

Entre 15 e 20 dias depois da morte de um Papa, começa o conclave. Até que seja conhecido o nome do novo líder do Vaticano, a direcção da Igreja Católica fica sob a responsabilidade do colégio dos cardeais. 

A palavra "conclave" vem do latim cum clavis, que significa fechado à chave. Durante todo o conclave, que pode demorar vários dias, os cardeais dormem na Casa de Santa Marta, junto à Basílica de São Pedro e votam em quem consideram que deve ser o próximo Papa na Capela Sistina. Tudo isto enquanto evitam o contacto com o mundo exterior, para evitar qualquer tipo de influência.

O conclave é extremamente privado. Antes de se iniciar a votação, toda a área é escrutinada em busca de microfones ou câmaras escondidas. Durante o processo, os cardeais só podem ter acesso a assistência médica. À zona que envolve a sala onde decorre o conclave só podem aceder padres para as confissões e pessoal de manutenção e limpeza, e todas estas pessoas ficam obrigadas a uma cláusula de segredo sobre tudo o que ouvirem ou virem.

No primeiro dia de conclave, há apenas uma votação, mas a partir do segundo dia os cardeais devem votar duas vezes de manhã e duas vezes de tarde. Depois de cada ronda, os boletins são queimados num fogão montado para a ocasião.

A seguir, perante os olhos do mundo, sairá fumo preto ou branco da chaminé da Capela Sistina. O preto significa que o conclave continua. O branco anuncia que há um novo Papa, o que só acontece quando um cardeal obtém dois terços dos votos dos eleitores presentes.

Ao cardeal eleito é perguntado se aceita a nova função e qual é o nome pelo qual passará a ser designado. Logo, é levado ao aposento das lágrimas, onde veste pela primeira vez os hábitos pontifícios: alva e roquete branco, estola vermelha e solidéu branco.

A seguir, o decano do colégio dos cardeais anuncia na varanda da Basílica de S. Pedro a famosa frase latina: “Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Papam” (Anuncio-vos uma grande alegria. Temos Papa), prosseguida pelo nome do cardeal eleito e o nome pontifical escolhido.

Finalmente, o novo pontífice proclama um breve discurso que termina com a bênção Urbi et Orbi: à cidade (de Roma) e ao mundo.

 

 

*(com agência ECCLESIA)

 

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