Na “Casa Grande”, em Benfica, jovens “especiais” adquirem competências sociais e funcionais para garantir o futuro. São portadores da síndrome de Asperger, “uma forma leve de autismo”.
Não há números oficiais, mas estima-se que sejam mais de 40 mil os portugueses portadores da síndrome de Asperger (SA), também conhecida por “espectro do autismo”, de nível 1. São maioritariamente do sexo masculino e com mais de 21 anos de idade.
A falta de resposta das entidades oficiais competentes a estas pessoas “especiais” e suas famílias, levou um grupo de pais à criação, em 2003, da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA).
De imediato, lançou mãos à obra num objectivo: dar aos portadores de Asperger e seus familiares apoio, e uma década depois, em 2014, a APSA criou o projecto “Casa Grande”.
Um projecto pioneiro com uma missão hercúlea: apoiar e promover a inclusão social, escolar e familiar e a integração no mundo laboral de quem tem Asperger, são as duas primeiras respostas sociais.
Através do fornecimento de competências sociais e funcionais, o ojectivo é que os portadores de Asperger adquiram as ferramentas necessárias para construir um projecto de vida com mais qualidade e a dignidade a que têm todo o direito.
Localizada no Bairro de Benfica, em Lisboa, a “Casa Grande” acaba de comemorar 10 anos de existência.
A Rádio Amparo foi à Quinta da Granja tentar saber como tem sido a viagem da instituição, que é liderada desde a primeira hora por Piedade Líbano Monteiro, também ela mãe de um filho portador de Asperger.
Reportagem: João Naia
Edição: Inês Parreira Santos
Foto: APSA