Nos jardins do Palácio Baldaya, foi apresentado, esta sexta-feira, 12 de maio, o projecto vencedor para a construção de 266 habitações públicas para arrendamento acessível, na Quinta do Baldaya.
Presente na cerimónia, o primeiro-ministro afirmou que este projecto “é uma das respostas do Estado à crise da habitação, nomeadamente ao mobilizar património devoluto para a edificação de casas”.
Com efeito, a futura urbanização vai ficar “num terreno muito grande”, que durante décadas acolheu o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, “há muito tempo desactivado e à espera de ocupação”.
António Costa, que estava acompanhado da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, sublinhou que a obra é um “desafio colectivo” que conta “em grande parte” com a parceria dos municípios, das cooperativas e do sector privado.
É mais um projecto de promoção directa do Instituto da Habitação e de Reabilitação Urbana (IHRU), no âmbito do investimento do Plano de Recuperação e Resiliência.
A estratégia é o alargamento da oferta de habitação pública a rendas acessíveis, para dar resposta, até ao 2.º trimestre de 2026, a 5.210 famílias sem capacidade para aceder a uma habitação no mercado livre.
Segundo o IHRU, promotor da intervenção, o investimento total rondará os 52 milhões de euros.
Agora, vai ser lançado o concurso público para a empreitada, a escolha do empreiteiro, o visto do Tribunal de Contas, a assinatura do contrato e a execução da obra.
Ou seja, o processo vai demorar tempo até à sua conclusão, e “a vontade política não tem o efeito mágico de o eliminar”, rematou o primeiro-ministro.
No final da apresentação, António Costa falou à Rádio Amparo sobre o impacto deste projecto para a freguesia de Benfica.
Reportagem para ouvir em Especial Informação na Rádio Amparo.
Texto: João Naia
Foto: DR