O Presidente da República considera o Palácio Baldaya como “um bom exemplo da conjugação de várias dimensões: educação, cultura, participação cívica e vivência comunitária.
Marcelo Rebelo de Sousa respondeu assim à pergunta da Rádio Amparo, no final da inauguração da exposição sobre Amílcar Cabral, naquele espaço da freguesia de Benfica.
Cinquenta anos depois da sua morte, meia centena de peças, como documentos escritos e visuais, objectos artísticos e outros, contam a história da vida do “pai” da libertação e independência da Guiné e Cabo Verde.
“Amílcar Cabral, uma exposição”, foi promovida pela Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril e vai estar patente ao público até ao dia 25 de Junho.
Quem a visitar poderá observar imagens em vídeo, pouco conhecidas, da participação do antigo líder africano na Conferência de Havana, em 1966.
Zonas libertadas da Guiné, retratos da autoria de artistas plásticos nacionais e internacionais e ouvir a presença de Cabral na música, da wotld music até ao rap, também fazem parte da mostra.
A par da exposição. outras iniciativas vão ter lugar, como mesas-redondas, concertos, visitas guiadas, um ciclo de cinema e uma feira do livro.
Em declarações à Rádio Amparo, o historiador e curador da exposição, José Neves, frisou que o “interesse pela figura de Amílcar Cabral é global”.
E adiantou que a mostra não podia ter outro palco que não o Palácio Baldaya por estar situado “na metrópole de Lisboa”.
Marcelo, que já havia estado há quatro anos no Palácio Baldaya, regressou agora para homenagear o “homem grande e grande académico” a quem no ano passado atribuiu a Ordem da Liberdade. E à questão que lhe foi posta pela Rádio Amparo sobre o local da exposição, o Presidente da República mostrou-se “impressionado” e não poupou nos elogios.
Texto: João Naia
Foto: Junta de Freguesia de Benfica