O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, dirigiu ao clero e às comunidades cristãs da Diocese uma carta no arranque do novo ano pastoral 2025/2026. No documento, datado de 16 de setembro, o Patriarca lança um apelo a renovar o ardor missionário, sublinhando que a Igreja tem como missão essencial evangelizar, fazendo “brilhar a luz do Evangelho em todas as dimensões da vida humana”.
Ainda no espírito do Jubileu e em vésperas de retomar as visitas pastorais, D. Rui Valério propõe três atitudes fundamentais para este novo ciclo pastoral: escutar, anunciar e converter.
Escutar: ponto de partida da fé
Segundo o Patriarca, a missão da Igreja começa sempre pela escuta: de Deus, na oração, da Sua Palavra nas Escrituras e das pessoas, sobretudo as que mais sofrem ou se encontram afastadas. “A dinâmica da escuta torna-se constitutiva da vida de fé, não como exercício exterior, mas como entrada na vida divina”, escreve, evocando a Virgem Maria como modelo de acolhimento da Palavra.
Anunciar: testemunhar o Evangelho com alegria
Da escuta brota o anúncio, lembra D. Rui Valério, recordando a urgência de partilhar o Evangelho: “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. O Patriarca sublinha que este anúncio não se faz apenas com palavras, mas sobretudo com gestos, com vida coerente e testemunho de caridade. “Uma Igreja missionária não se fecha nas suas estruturas, mas abre-se ao mundo para levar a todos a alegria do Evangelho”, reforça, citando o mandato de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura”.
Converter: um caminho contínuo
A terceira dimensão proposta é o convite à conversão, entendido não como ato pontual, mas como processo permanente. “Converter-se é voltar-se para Deus com todo o coração, deixar que Cristo renove a vida e assumir o caminho da santidade e da missão”, escreve o Patriarca. Neste sentido, apela a uma conversão pessoal, pastoral e missionária em todas as comunidades.
Um tempo favorável
Para D. Rui Valério, este novo ano pastoral é “tempo favorável” para viver em Igreja que escuta com fé, anuncia com alegria e convida à conversão com esperança. O Patriarca pede que cada paróquia, comunidade, movimento, família e grupo assuma estes três verbos como “bússola” orientadora de 2025/2026, confiando a Diocese à intercessão da Virgem Maria, Mãe da Igreja e primeira discípula missionária.
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