Chegou ao fim o primeiro dia do Conclave no Vaticano, que reuniu 133 cardeais eleitores com a missão de escolher o novo Papa. A jornada, marcada por solenidade e tradição, concluiu-se com a emissão de fumo negro da chaminé da Capela Sistina, sinal claro de que a primeira votação terminou sem consenso.
A ‘fumata nera’ surgiu às 21h00 em Roma (20h00 em Lisboa) e foi observada por milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro. A cor do fumo indica que nenhum dos cardeais alcançou os dois terços dos votos necessários — ou seja, pelo menos 89 — para ser eleito Pontífice.
O dia começou com a Missa votiva “Pro Eligendo Romano Pontifice”, celebrada na Basílica de São Pedro pelo decano do Colégio Cardinalício, D. Giovanni Battista Re. À tarde, os cardeais seguiram em procissão até à Capela Sistina, onde prestaram juramento de sigilo absoluto sobre o processo eleitoral e prometeram fidelidade no eventual exercício do ministério papal.
Encerrados à chave desde as 16h34 (hora de Lisboa), os eleitores seguiram à risca as normas estabelecidas pelos documentos dos Papas João Paulo II e Bento XVI, que regem os detalhes do Conclave. A rotina dos cardeais durante o processo inclui momentos de oração, refeições nas casas de Santa Marta e Santa Marta Vecchia — onde estão alojados — e um rígido isolamento do mundo exterior.
O Conclave prossegue esta quinta-feira com novas votações: duas de manhã e duas à tarde. De acordo com o Vatican News, haverá duas "chaminés": uma ao final da manhã, por volta das 12h00 e outra, ao final do dia, pelas 19h00.
Se seguir o padrão das últimas eleições papais, o novo Papa poderá ser conhecido nos próximos dias. Francisco, por exemplo, foi eleito em 2013, após cinco escrutínios ao longo de dois dias.
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*com agências