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Francisco, o "Papa do Povo" despediu-se em São Pedro
Na última homenagem, o cardeal Giovanni Battista Re exaltou o legado de um Papa que abriu portas, ergueu pontes e viveu até ao fim como pastor próximo dos mais pobres.
Por João Naia
Publicado em 26/04/2025 13:01
Vaticano
Cerca de 250 mil pessoas assistiram na Praça de São Pedro à Missa das Exéquias pelo Papa (Foto - Vatican News)

Cerca de 250 mil pessoas, entre fiéis, delegações oficiais de 160 países e religiosos de todo o mundo acompanharam na Praça de São Pedro a Missa Exequial pelo Papa Francisco. A celebração foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício que, na homilia, recordou Francisco como um “Papa no meio do povo, com um coração aberto a todos”.

O decano destacou a capacidade de Jorge Mario Bergoglio (1936-2025) de “escutar e acolher”, sempre atento às novas realidades da sociedade e aos sinais do Espírito Santo na Igreja. “A manifestação popular de afeto e adesão nos últimos dias mostra-nos quanto o intenso pontificado do Papa Francisco tocou mentes e corações”, afirmou D. Giovanni Battista Re, arrancando aplausos da multidão em vários momentos.

A homilia lembrou os inúmeros gestos do Papa em favor dos refugiados, deslocados e mais pobres, evocando a sua primeira viagem a Lampedusa, em 2013, e a Missa na fronteira entre o México e os Estados Unidos, celebrada diante de Donald Trump. “Seguiu o exemplo do Bom Pastor, que dá a vida pelas suas ovelhas”, sublinhou o cardeal, apontando ainda para a histórica viagem ao Iraque, em 2021, como símbolo da coragem pastoral de Francisco.

D. Giovanni Battista Re traçou um amplo retrato da vida e missão do Papa argentino, desde o seu percurso como jesuíta e arcebispo de Buenos Aires até à eleição em 2013, com a escolha do nome Francisco a revelar, desde o início, o programa do seu pontificado: simplicidade, proximidade e misericórdia.

O cardeal destacou ainda o empenho do Papa na promoção da paz, do diálogo inter-religioso, da fraternidade e da ecologia integral. A assinatura do Documento sobre a Fraternidade Humana, em Abu Dhabi (2019), e a encíclica Laudato si’ (2015) foram citadas como legados fundamentais de um pontificado que procurou “construir pontes e não muros”.

Entre momentos de grande comoção, os chefes de Estado e representantes de 160 países e organizações internacionais, incluindo Portugal, passaram diante do caixão para a última homenagem. Francisco foi recordado como “um homem de grande calor humano e profundamente sensível aos dramas contemporâneos”, capaz de falar diretamente ao coração de crentes e não crentes.

“Querido Papa Francisco, agora pedimos-vos que rezeis por nós e que, do céu, abençoeis a Igreja, abençoeis Roma, abençoeis o mundo inteiro”, concluiu emocionado o cardeal Re, num tributo final ao Papa que marcou uma época de profundas transformações e de esperança renovada na Igreja e no mundo.

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*com agências

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